De acordo com uma pesquisa da Fundação Victor Civita, professores de escolas só usam os recursos mais simples do computador com seus alunos, como softwares de edição de texto ou de apresentação. Algumas escolas ensinam o mínimo de informática aos seus alunos para, futuramente, enfrentarem bancos, escritórios e serviços de automação em geral. Isso gera a falta de pensamento, de reflexão. Toda vez que a tecnologia é utilizada com esse sentido de facilitar, poupar, a educação é prejudicada.
Apesar dos fortes apelos da mídia e das qualidades do computador a sua disseminação nas escolas está hoje muito aquém do que se anunciava e se desejava. A Informática na Educação ainda não se adequou as ideias dos educadores e, por estas e outras razões, não está consolidada no nosso sistema educacional. Ainda não se faz presente como uma prática pedagógica, onde professor e aluno possam implantar novas técnicas de ensino-aprendizagem.
Assim, o uso da informática na educação é visto com bastante restrição e, para alguns estudiosos, só os níveis mais avançados do ensino deveriam ter a informática aplicada na educação.
De acordo com o Seed/MEC a Internet está se tornando uma das principais matérias na formação de professores. As reformas curriculares incluem sugestões frequentes para que os professores incluam recursos da Internet em seus planos de ensino. De certa forma, a Internet na sala de aula é um passo para a remoção de algumas barreiras entre o sistema de educação formal e o ambiente educacional externo.
As escolas estão atrasadas nessa tarefa. As novas tecnologias de comunicação poderiam ser o ponto de partida para as mudanças educacionais, superando a atual escassez de recursos humanos e tecnológicos. Entretanto, novos esforços deverão ser empreendidos, a fim de que a Internet seja vista como uma ferramenta de comunicação que vá além da pesquisa. Um dos principais problemas é como aproveitar a independência e a liberdade promovidas pela Internet.
Existem dois aspectos que devem ser observados na implantação das tecnologias como a Internet na educação. Primeiro, o domínio do técnico e do pedagógico não devem acontecer de modo separado um do outro. É irrealista pensar em primeiro ser um especialista em informática para depois tirar proveito desse conhecimento nas atividades pedagógicas. “O melhor é quando os conhecimentos técnicos e pedagógicos crescem juntos, simultaneamente, um demandando novas idéias do outro. O domínio acontece por necessidades e exigências do pedagógico e as novas possibilidades técnicas criam novas aberturas para o pedagógico, constituindo uma verdadeira espiral de aprendizagem ascendente na sua complexidade técnica e pedagógica”. (VALENTE, 2002a, p.15-37).
No aspecto que diz respeito às Novas Tecnologias na Educação como o uso do computador, a experiência pedagógica juntamente com o conhecimento das técnicas de informática do professor é de fundamental importância. Pois é ele, o professor, que deverá questionar se o uso do computador está ou não contribuindo para a construção de novos conhecimentos.
A multimídia e outras formas de ensino computadorizado estimulam a curiosidade dos estudantes. O processo ensino-aprendizagem é enriquecido quando for permitido ao estudante, a partir da motivação e iniciativa própria, pesquisar as informações que lhes interessam. Portanto, deve-se estimular a curiosidade e criar recursos para buscar ou criar fontes que satisfaçam as necessidades dos alunos. Nesse contexto, o professor deverá ser o mediador entre a orientação e o aprendizado do aluno, estimulado a buscar informações necessárias para o seu desenvolvimento educacional de maneira eficaz.
Ananeri Oliveira da Silva
sexta-feira, 28 de maio de 2010
Assinar:
Comentários (Atom)